Atualizado em 27/09/2019

Tribunal de Contas realiza debate sobre prevenção ao suicídio dentro da programação do Setembro Amarelo

As estatísticas são estarrecedoras: em torno de 800 mil pessoas cometem suicídio por ano no mundo na atualidade. É registrada uma morte a cada 40 segundos e o pior, para cada morte, os indicadores apontam que ocorrem vinte novas tentativas. Os dados demonstram a gravidade da situação e que se reflete no Brasil. 

Sobre o tema o Tribunal de Contas do Estado realizou, nesta sexta (27), uma mesa redonda intitulada “Prevenção do suicídio e cuidado com a vida”, dentro da programação do Setembro Amarelo, que busca dar visibilidade ao problema como estratégia de prevenção. “A maioria das tentativas de suicídio são feitas por mulheres, mas os homens utilizam de formas mais letais”, explicou a psiquiatra Luiza Medeiros. 

Além de Luiza, que apresentou aspectos psiquiátricos relacionados às causas e também à busca de solução para o problema, houve a participação da psicóloga Jordana Celli, do pastor Rubens Amancio (coordenador do grupo Sentinelas Ponte Newton Navarro) e da espiritualista Elizabeth Trindade.

“Trata-se de um tema complexo que precisa ser discutido por toda a sociedade”, defendeu a médica Adice Medeiros, na abertura do evento, realizado em parceria pelos setores Médico e de Sustentabilidade do Tribunal de Contas. 

Segundo a psiquiatra os maiores fatores de riscos da tentativa de acabar com a própria vida estão associados a doenças mentais (mais de 90% dos casos), além de aspectos sociais e relacionados à condição de saúde – situações  relacionadas a depressão, a casos de transtorno bipolar e ao uso de substancias psicoativas . “É preciso estar atento, escutar o outro. Tem que reconhecer o problema, ouvir o outro e saber conduzir a situação”, disse.

Logo em seguida, Jordana Celli apresentou o olhar da psicologia, destacando que hoje há um “desassossego”, provocadas por questões como o uso indiscriminado das redes sociais; a necessidade de corresponder as pressões sociais; distanciamento da família e mudanças nos relacionamentos. “O diálogo é fundamental”, defendeu.

Finalizando, houve abordagens do pastor Rubens Amâncio, que falou sobre a experiência realizada na Ponte Newton Navarro, e de Elizabeth Trindade, que ressaltou a importância de, diariamente, se refletir sobre o que estamos fazendo aqui, sobre o dia de hoje. “A aproximação com a espiritualidade ajuda muito”, enfatizou.