Atualizado em 18/05/2015

Escola de Contas capacita servidores para atuar com auditorias governamental e operacional

Jorge Filho

O campo da auditoria operacional vem ganhando cada vez mais espaço nos tribunais de contas como estratégia eficaz e eficiente para monitorar políticas públicas. Nesta perspectiva, “todos os técnicos do TCE devem ter conhecimento sobre este campo de atuação. Ter ideia dos métodos de trabalho e das normas vigentes que norteiam esta prática”, defende o coordenador de auditoria operacional, José Monteiro Coelho Filho, que está ministrando um curso interno com noções básicas de auditoria para os servidores do Tribunal, numa ação em parceria com a Escola de Contas.

Ao longo deste ano serão realizados seis cursos, quatro de auditoria governamental e dois de auditoria operacional, cada um com turmas de no máximo 30 participantes. “Colocamos dentro das diretrizes do planejamento estratégico a necessidade da realização desta capacitação, buscando dar um maior embasamento aos servidores desta boa prática”, explicou, acentuando que “o conteúdo ministrado tem como referência o trabalho realizado pelo Tribunal de Contas de União, acrescidos das normas internacionais e da sistematização das Normas de Auditoria Operacional disseminada pelo Instituto Rui Barbosa, à época do Programa de Modernização do Controle Externo (Promoex)”.

Desenvolver auditoria implica em várias fases, que vai desde o planejamento até a execução, produção do relatório e revisão. Nas organizações mais desenvolvidas, há previsão do controle de qualidade. “Todo processo de auditoria tem uma lógica, um motivo, até chegar a uma conclusão”, explicou, lembrando que “aplicar as normas implica em atender uma série de exigências, além de estrutura”. No caso dos cursos que estão sendo realizados, ressalta que um dos objetivos é fazer com que os técnicos passem a trabalhar com normas, dentro de um sistema. “Como resultado, além da transmissão de conhecimento, queremos fazer a revisão do nosso Manual de Auditoria”, informou, destacando que estão desenvolvendo um trabalho de adequação das normas com a Diretoria de Informática. “Se não houver um método de trabalho, a gente pode se perder”, disse.

Os dois cursos estão sendo ministrados por Monteiro e Anne Emilia Costa Carvalho, diretora da Diretoria de Administração Direta, que se reversam abordando questões que vão desde os conceitos e fundamentos teóricos da auditoria até as técnicas de controle e o trabalho de campo, com destaque para a matriz de achados e matriz de responsabilização. Já foram ministrados dois cursos e no próximo dia 25 de maio será iniciado o curso de auditoria operacional. Em junho, dias 06 e 22, serão realizados novos cursos de auditória governamental e em 06 de julho, mais um curso de auditoria operacional. Devido à especificidade do TCE, Monteiro define como prioridade o curso de auditoria governamental, que é pré-requisito para participar do curso de auditoria operacional.